sábado, junho 28, 2008

Sem palavras

As pessoas gritando, os sons abafados pela música alta, o nossos barulhos escondidos enquanto os outros falavam... usávamos os nossos códigos simples, como clarear tudo enquanto nossos olhos se mantivessem encontrados. O seu corpo ainda quente nas minhas mãos, como se as doenças e as guerras do mundo não existissem, como se aquele fosse o elicio da paz. Foi quando a realidade bateu a porta. Tudo impossível demais para existir. Não existiria por tempo demais. Mais alguns poucos dias para te deixar marcado nas minhas lembranças, te colocar em letras na minha história e fazer do pouco, eterno.

Jamais esqueço das minhas mãos passeando inocentemente pelas suas costas ao mesmo tempo que nossos dedos se conheciam, colocávamos a voz ao lado do medo; sem saber que colocaríamos tudo. A voz, as mãos, os sons dos outros. Queria em um beijo te fazer o cara mais feliz do mundo, te fazer falar em silêncio, como tudo, seu. Silêncio, minha paz.