segunda-feira, junho 09, 2008

Diz que passa aí



Enquanto voltava para casa hoje, carregando o cansaço do final de semana, nos olhos e em uma tosse interminável; pensava em como tudo foi rápido. Como nossas vidas se cruzaram naquela viagem e de lá surgiria uma das minhas maiores amigas.

Lembra quando eu te pedia para ficar longe daquilo? Eu saberia como lidar com a situação, porque tinha caminhado até ela, e dela tiraria minhas dúvidas e assumiria as conseqüências. Não queria ser responsável por guiar passos até aquilo, que no exagero, era um abismo. Te víamos, todos nós, como uma garota fraca, que desmoronaria porque tudo seria mais difícil para você. O seu jeito colorido de ver e viver a vida. O certo sempre caminhando ao lado das aulas de catequese [?] que você dava. Só que tudo parece ter brilhado mais depois que seus olhos seguiram o caminho que fazia sentido nos seus dias. Quando aceitou as palavras que te faziam sorrir. As cartas que te faziam perder o ônibus. E depois, tudo, teve finais e recomeços, até sua decisão.

Agora, vejo que você encontrou o amor, ou se não, o que deve ser o mais perto disso. É bom estar só eu e vocês no carro, e ver o jeito que vocês se comunicam em silêncio e de repente, alguém virá para falar do dia de trabalho, das pessoas. E como vocês fazem do seu, nosso. Os amigos, dividimos e compreendidos, o jeito que um ouve os amigos do outro e quebram o rótulo de "outro" porque fazem deles, amigos comuns.

É bom, garota, te ouvir falar certa da sua vida, mesmo que tudo possa ser extremamente complexo e complicado. Engraçado te ouvir falando algumas coisas, e bom saber que nada do comum faz falta. Porque é preciso saber fazer e alguns passam a vida inteira tentando.

A sua busca não deve parar. E eu estarei ao seu lado, sempre, para fazer os outros serem mais fáceis e ver os seus olhos brilhando por ter quem te faz bem. Sempre bem. Quem te acorda e te faz dormir, sonhando com um amanhã diferente. Torço para que cada dia seja diferente e igual, recheado desse carinho todo.

Neguinha, você é meu orgulho, e por mais que achem coisas, nada é maior do quanto admiro sua coragem de pequena mulher.

E sabe, falei com a sis esses dias, mesmo com tudo complexo, do nosso quarteto, a sua felicidade é a mais evidente. E tudo vai sempre existir.

Amo, bitchzinha. Amo. Amo.
E brigada por me tirar de casa nas horas certas de dias sonolentos.



de repente:
nah: tá onde?
eu: em casa.
nah: cinco minutos to passando aí.
eu: pera, to de pijama, nem vou sair.
nah: tchau, tou chegando.