sábado, junho 07, 2008

Unexpected

São todas as coisas que vão além, um conjunto de uma obra inexistente. Momentos reais demais para serem meras mentiras. Verdade demais omitida. Porque eu me contenho, guardo, resguardo, faço de sorrisos minha proteção. Me escondo entre palavras nunca ditas antes. Nunca soube levar nada que me acomodasse, nem que fizesse dos dias, parecidos, me tirar ou me ter, me ganhar ou perder, depende de pouco. Esconder vida, levar as possibilidades em palavras não me faz acreditar que o mundo real é tão irreal assim.

E ali, ver meu colégio, o banco da ETE, junto na faculdade, os meus amigos sempre apareceram nos momentos mais certos para nós. Meus sorrisos e copos acolhedores. Entorpecimento, que não risca, nem arrisca em nada.

A sua dança pelos caminhos da vida. Ânsia de descomplicar, do simples, da racionalidade que eu não sei como usar. As pessoas que batem palma fora do ritmo, ou batem palma, só batem palma por nada. Livre para defender e cair, livre para caminhar e sorrir, livre para sair, livre para ficar.

Os obstáculos já não interessam. E a razão só atrapalharia mais. Deixaria tudo ali, calculado, escrito em uma folha como naquele filme, tudo medido do jeito que cada um escolhe para si. As particularidades sempre serão respeitadas. As conversas são brigas. As palavras são ouvidas e faladas.

Onde está a bússola? Quem contou todas as mentiras? Por que achar que esperam tanto? Se não esperam nada, porque a vida é feita do acaso. Os que vivem em perder ou largar. Não é bem assim, quem sabe um dia, alguém te mostre o caminho. Se perder, perder, perder além. Porque aquilo é um jogo enorme de perdas e ganhos. Os momentos sempre falam mais alto. Tudo. E a razão não fode. Não fode. Não, não, não.

Mas sem razão me falaram que meu olhar é sedutor e eu sorri. Sorri porque é graça ver que alguns se enganam com os olhares que seriam só seus, se tudo fosse fácil e real.



for another person:
ah, e para quem me falou em ser a primeira: aceito.