segunda-feira, junho 23, 2008

Music when the lights go out*

Sabe, está tão frio, e os meus pensamentos quase congelados perguntam se é cruel ou educado não falar o que penso. Te enganar ao invés de magoar. Bem, eu confesso todos os meus pecados em palavras, mas eu ainda vou esconder de você, o que está por dentro, você precisaria decifrar e se nega a um esforço mínimo. Eu me nego ao máximo de desenhar erros, culpados, acertos ou desvios inevitáveis.

Os sons ainda existem quando você está comigo e concorda que não há soluções para os meus problemas. Me diz que é certo agir do modo que ajo. Desculpa, mas você tirou a música.

Todas as lembranças, dos dias, do escuro e das luzes daquele lugar, que nós dividimos, estarão comigo para sempre. Os altos e baixos, a história que desenhamos sem querer desde o começo, me deixam confusa. Tudo esfria nas sombras das dúvidas. Os rostos estranhos na minha mente ficam mais claros, música quando as luzes se apagam, o garoto que pensei conhecer se foi e com ele o meu coração. Na ladeira da minha casa, naquele lugar o mais perigoso possível que atravessei sozinha, os pensamentos esfriaram como minhas mãos e uma leve falta dos dias como aquele na funhouse, a minha vida e a liberdade do experimento, seguiram direto a mente do meu amigo, o meu eu masculino faz falta e ele não foi na sexta, Felipe Schmider.

E todas as lembranças das noites e lutas, onde voaríamos juntos, sabe a confusão, aquela mesma que você me acusou uma vez de abandonar, se abandona nas mesmas estradas de sempre. Te deixo com o mesmo. Tento, em vão, sempre, te deixar.

O garoto que eu conhecia se foi e eu já não posso mais ouvir a música. Stay with me, forever.




* Libertines, música simplesmente sensacional.

bar domingo quando se trabalha na segunda, não deve ser considerada uma idéia genial, hahahaha.