segunda-feira, junho 02, 2008

A spy in the house of love*

Então era isso. Esteve o tempo todo escrito ali. E eu só encontrei depois que entendi e senti a calma de um dia daqueles. Porque todas noites passadas por maiores e mais divertidas sempre terminavam em vazio quando virava a chave na porta. Como se ali dentro minha vida perdesse todo o colorido e a mágica ficasse na madrugada amanhecida.

Nesse último dia foi diferente, a simplicidade com que tudo se aproxima de mim e como os risos são verdadeiros e o silêncio acolhe em companhia.

Quando abri a porta depois de tirar as duas palavras escritas na minha mão, a paz encontrou minha cama e o dia seguinte foi sereno. Talvez quisesse mais do dia anterior, mas os fatos me impediam de encontrar o meu silêncio acolhedor divido.

Fiquei em paz com um filme na tv, as risadas da mini me, o meu computador e a simplicidade que as escadas da minha casa entregam.

Deixei as oscilações paradas e a fantasia guardada, larguei o movimento para seguir uma direção. Um momento que acolhe, para largar o tumulto e abraçar a minha verdade. Mesmo que minha verdade chame caos e dentro dos meus acertos existam tantos erros de escolhas. minha mágoa é infantil diante daquelas coisas, digo, esqueço como uma criança esquece a birra se encontra outra coisa para se ocupar.

Faço tudo caber nos meus dias, refaço planos, esqueço enganos e guardo a ilusão para fazer dela sorriso. Nada, nunca, foi assim. Meu caos, minha paz...



*nome do Livro da Anaïs Nin, a luz.