I want you to want me
Enquanto guardava as verdades, mantinha as palavras juntas ao lado dos enigmas todos e não contava deles para ninguém. Talvez nem ela soubesse a força das cartas. Sendo como aquela garota do desenho japonês, buscando os efeitos e defeitos de cada carta, como se fossem todas um passo adiante. E por isso, preferia estar parada, com as mãos debaixo das pernas enquanto as balançava risonha na beira do abismo. Não se importava em cair ou continuar ali a vida inteira. Nada importava se pudesse ter os sorrisos que a contavam do mundo, enquanto se mantinha ali, talvez ainda como a garota do desenho japonês e aquela espécie de gato, esquilo, o diabo pequeno, a quem ela ouvia e respeitava, o pequeno ursinho que guardava as cartas.
E ela só respeitava e ouvia ao máximo as palavras não ditas. Até que o silêncio foi quebrado e dali em diante todos dias foram incertos. A garota já não era como a menina do desenho japonês, talvez ela tenha desistido de capturar as cartas e seguiu com seu baralho incompleto. Como poderia ser naquele momento, no caminho apareceram algumas pessoas que a ajudariam a buscar as cartas e fariam dela outra vez completa, mas a garota sem querer deixou todos eles longe do jogo que era dele enquanto balançava as pernas. Sem querer ela ficou sem ninguém...
A menina não tinha os doze anos do desenho japonês e por fim, descobriu que só sabia ser ela, e para aquele jogo só havia mais um jogador.
a imagem que estava aqui e, por pedidos de força maior, tirei, era essa.