THAT PARTICULAR TIME
Naquele momento em particular eu sentei com as palavras saltando dos meus dedos. E então eu ignorei tudo que me pediam para fazer. As vozes da minha cabeça enforcadas pelas cordas daquele momento.
Os sentimentos tinham me desafiado a ficar, naquele momento em particular, eu sabia que ia ficar. Nenhuma fuga possível seria completa e nenhum novo começo seria possível. Só podia ficar ou ficar. As alternativas válidas não usavam da razão para me fazer pensar. Meu estomago fazia carnaval no meu corpo, meu medos eram brilhantes, e a luz me cegou quando você entrou depois de tudo. Quando seu sorriso apagou tudo dito e ouvido. Naquele momento, em particular, eu deveria ter saído.
Eu estive pronta para investigar com você, te responder, e te calar com um beijo em um momento inoportuno. Nós achamos que um tempo tiraria as dúvidas, e então, eu decidi ficar e brincar com a pontas dos dedos. Naquele momento em particular eu achei impossível fugir.
Eu sempre quis pra você tudo aquilo que você queria para si. As águas do céu, o calor do inferno, a calma da terra, as risadas do paraíso. Eu continuei ignorando a minha inconstância, mesmo depois de tudo, eu continuei ignorando tudo. E fui ficando, me perdendo, se perdendo, te perdendo. E ainda deve ser duro acreditar que existe aquele momento em particular.
Junto ao meu caminhão de dúvidas, eu penso, que em um céu cheio de pessoas só algumas querem voar. E eu não sei se sou uma delas.
quatro gotas e o céu é o paraíso.