And the dream I am not apprehensive,
Se meus medos falassem alguma língua seria uma daquelas que não conheço. Hebraico, talvez, francês que luto sozinha para aprender ou latim, a base de todas as outras, e quase ninguém conhece. Alguém, no meio do mundo, falaria a minha língua. Um monte de palavras juntas. Palavras minhas, letras juntas. Escrevo com a sua caneta preta, essa que agora pinta páginas em branco sem você. Os outros se materializam em nada. Como estará a minha caneta azul? Esquecida sob uma mesa? Guardada em uma bolsa, solta entre papeis que você não vai preencher, linhas que você não vai escrever, descoloridos que você não vai colorir.
Uma porção de coisas que não serão feitas. Os riscos brilham como estrelas, como aquela lua que brilhou só para você. Aquela lua está dourada e pela metade no mesmo céu. O céu não mudou e as mesmas coisas continuam diferentes.
E então ela falou do caminho que fez para fugir de você em seus cadernos e os cadernos de alguém fizeram qualquer percurso para fugir dela. Falou de não saber onde colocou cd-r's. Não sei onde coloquei os meus cds que seriam seus se algo mais houvesse para ouvir, antes de qualquer decisão que não merece ser tomada. Ante uma palavra que morrerá enroscada em sua garganta. Uma frase embriagada que você falará para alguém enquanto se perderá em outros ouvidos. As suas mãos passam, passaram, passariam por outros corpos. E as minhas palavras descansarão outro dia em outros olhos, que não são só seus. Desprego alma em papéis em branco.
Continuaria ali enquanto todos dormissem. Olharia os seus olhos enquanto você dormisse, riria das suas manias, entenderia os seus medos, compreenderia seus modos, implicaria com tanta coisa para te ver nervoso, sem vontade e me falando que "pode ser". Tudo poderia ser. Tudo sempre pode ser. Ou não.
Discussões caladas em letras. E, sobre aquilo que ela disse, ela, Bruna Beber que sem querer falou para você, também.
alguém explica porquê faz falta?
ps: Tapes é a música mais filhadaputa do cd novo da Alanis, puta.