sexta-feira, maio 02, 2008

Sorriu até a bochecha doer, falou até as palavras se misturarem, ficou em silêncio quase todo o tempo, falava mas era pra dentro. Tentava em vão conter as frases e os pedidos de redenção, queria se render, mas tinha tudo aquilo e ele, e no outro via tanta dificuldade e maravilha; enxergava naqueles olhos compreensão, embora as palavras a confundissem da cabeça aos pés, não sabia quando era ironia ou quando o jogo era só para complicar e depois ele poder sorrir magicamente. Pensava na distância e nos dias que não se viam, pensava em conversar, queria contar a vida inteira, queria que ele soubesse de tudo e a visse depois do café.



Mas tinha o outro e o outro era paz.
Escolheu dias calmos a tormenta
e morreu...


Foi assim que se sentiu quando viu outra nos braços dele. Sentiu que seu castelo tinha ruído, quis bater a cabeça na parede milhares de vezes para acalmar as vozes que a chamavam de prudente demais. Era, não era, era e já não importava.




Fim.