sábado, fevereiro 09, 2008

ALL OF ME

Os minutos se arrastam e eu penso se no dia em que te falar, eu vou ouvir. Ou seria um dos momentos que eu falaria, falaria, falaria e você manteria seus olhos e atenção em mim. Até que falaria mais e não esperaria uma resposta imediata. Será que quando levantasse, te deixasse com o fim do seu café, e os seus pensamentos desorganizados, eu lembraria do que falei?

Não entendo praticamente nada disso. Sempre estive no seu lugar. Fingiram que eu controlava, quando o que eu menos tinha era controle, e eu acreditava e ia. Agora a situação é minha, a vontade é minha, ir ou nunca tentar chegar a ser. Não por covardia ou qualquer outra coisa. Por necessidade de aceitar a impossibilidade. Mesmo que eu não acredite no impossível. Tento ter preguiça, mas você acaba com ela de um modo irritante. Tento ficar brava, mas você destrói os argumentos. Contrário todo o tempo as verdades e minto que é tudo mentira.

Mesmo que eu não minta. Não aprendi. Não dá. Eu fico vermelha, sem graça, rindo antes do tempo. O pior, meus olhos não sabem mentir, não consigo olhar no olho e nem congelar a atenção por muitos segundos sem carregar culpa. Por isso guardo o passado em caixas. Parte do recente ainda não acabou, por isso aceito visitas diárias e o silêncio carregado de orgulho. Tirando esse pedaço, o resto, eu consigo encontrar fácil no meio do caos que eu sou.

No fundo, tudo é fácil, é só um passo até o lado de cá. Prometo te ajudar a entender porque nunca foi certo, mesmo que para nós também não vá ser pela eternidade, prometo. E, eu levo a sério promessas.


ps: hoje (já é sábado) eu mato a saudades da funhouse e de vocês.