CRAZY INTENTIONS
As coisas vão andar devagar. No seu tempo. Todo o tempo do mundo para ele perceber que mais cedo ou mais tarde vai ser diferente. O que eu espero de tudo, às vezes, é tão pouco. Me sentir sozinha em um turbilhão de pessoas pela sua ausência. E as coisas se complicando. Tudo melhor. Tudo diferente. Então, eu brinco mais e me importo tanto que é melhor você não enxergar.
Nenhuma falta é pior do que aquela do corpo presente. Me divirto, entorpeço, converso com o meu amigo que não via há meses e sem quem aguentei tudo que ele entende.
Suas mãos em outras. Seus olhos perseguindo outros. Sua preocupação em outra cabeça. Tudo isso, que aos poucos me despertam o ciúmes, mas enxergo sua liberdade. Eu gosto da liberdade que você desprega. Eu gosto das imperfeições certas, dos defeitos calculados, das reclamações devidas e dos olhares perdidos. Mesmo que eles perseguiam outros que eu sempre disse. E suas mãos encontrem outras que sempre temi. E sua cabeça se perca em confusão.
É verdade. Detesto o jeito que você pouco liga. Você me inspirar é bônus e blog o lugar onde todos vão ler. É verdade, de um jeito qualquer, tenho menos coragem do que a garota de dezesseis anos que também escreve. Cubro a minha vida para só quem pode enxergar. Uso da prolixidade para manter distância dos outros. No fundo, você entende. Eu acho. Eu espero. E seria mais fácil se fosse.
As palavras saem e os dedos percorrem o teclado. Errando os botões, rodando na linha dos sonhos, esperando na fila enquanto ninguém me ouve e eu só ouço a música do outro lado. Você apareceu e me fez querer menos. No lugar só essa coisa complicada. Eu espero menos dos outros. Procurar diversão é minha forma estúpida de disfarçar o resto.
É, você deixou tudo mais complicado e melhor, como tinha que ser.
ps: eu quero ir ver a mallu no studio sexta, foda-se que é hype, foda-se o que os outros acham. eu acho que essa garota faz folk como ninguém no país hoje, não é só a garota de quinze que canta, é a garota de quinze anos que toca folk e me faz ter vontade de abraçar e fechar os olhos no seu ombro.