sábado, fevereiro 23, 2008

OBSERVAR

Talvez se eu soltasse o muito. Aceitasse as coisas devagar. Tudo devagar. Como eu juro que estava acontecendo. Com certas coisas a paciência continua. Mas com o resto ela, realmente, saiu do lugar. Eu não sei viver no meio de um monte de gente me perguntando coisas. Querendo saber coisas. Achando coisas. Eu juro que não tenho problemas em puxar a barra da sua calça quando precisar. Mas, agora, nesse instante, me deixar quieta, é o melhor a fazer e ainda deixa seus medos de eu estragar o mundo fora de cogitação. A menos que você me prenda demais. Me sufoque e eu acabe falando porque não confio. Não é bem falta de confiança. É só porque eu soube antes de acreditar. Das coisas que eu não aceito. Das poucas coisas que eu não aceito.

Me falam tanto de sinceridade. Porque eu uso meias palavras, e isso, aquilo, o resto e o inteiro. Quem precisa entender, entende, não cobra, espera. As coisas tem o tempo delas. Eu tenho o meu. Daqui há um tempo a gente pode beber todo esse caos diluído em álcool. As coisas que eu só consigo resolver sozinha. Ou com tão poucos que é indiferente contar. E as pessoas defendem as outras. Como se defesa fosse adiantar e eu não fosse sorrir e concordar com a cabeça discordando com os sentimentos.

Alguns acham que nasci ontem. Tem pouco tempo, é verdade, mas o suficiente para colocar coragem na bolsa. Carregar o entorpecimento. Sorrir, andar e ao lado da mini me, ser a pequena. A pequena dela. A garota deitada no sofá voltando no tempo. Com um sanduíche de queijo branco e um copo de coca cola. Isso e o cd mais perfeito tocando. E a tv. E o caos que eu sou. É hora de ser minha. Eu sou. Seria sua. Mas, ser minha por enquanto, me basta.




acabou o bolão, as brincadeiras e espero que a curiosidade. acharam, acharam tanta coisa errada. eu falei e enrolei. eu não falei e disse muito mais. o mais destrutivo é tentar entender. quem senti, senti e ponto. sabe e ponto. entende e ponto. e sim, eu tou bem, muito obrigada. só não acha que eu não sei, eu sei e uso ponto e vírgula quando pedem para não me falar nada.