sexta-feira, fevereiro 29, 2008

TALVEZ ATRAPALHA

Sem mais vontade de fazer. Sem planos, dinheiro ou você. Com a cabeça longe e o corpo risonho. Eu me encontro ao seu lado e me perco. Eu sorrio e paro. Paro e encosto a cabeça em pensamentos. O tanto que as coisas me interessam. E como tudo passa rápido demais com você por perto.

Hoje sorri com uma folha dobrada nas mãos. Uma frase em caneta azul. A minha amiga abraçou um Aquino e escreveu isso. Eu abracei aquino. Porque alguns dos meus amigos escrevem em guardanapos, escutam com o coração e vivem com a cabeça em sonhos.

As seis da tarde a vida pára de correr. Sentir verdade e a vida para viver. Isso é com você e todos os meus amigos. O tempo correndo em todas as direções e as seis horas nós nos encontramos em ligações. No meu caso, antes, pouco antes. E ainda posso abraçar a tarde em carinho no Guimarães. Com o dvd dos los hermanos que tocará amanhã e com quem aparecer. A saudades falando alto. A gastrite me irritando.

Pense bem ou não pense assim. Eu parei em uma cisma, eu sei. Bati piadas e escondi verdades. Não deixei cair. Segurei no ar. E hoje, eu sei. Quis nunca te perder. Então não falei e não ouvi. Arriscar o bem por uma razão que você não enxerga.

Não é fuga de verdades. Porque nenhuma verdade é imutável. Até as certezas mudam. O colorido dos olhos, a leveza dos meus atrasos pontuais, os meus dias com o tempo no lugar. Tudo já esteve tão bagunçado e agora eu dei um jeito no caos que eu sou. Continuo com a minha baderna arrumada, a minha mesinha mostrando pendências, o monitor e a capa do meu bloquinho com o post it onde lê-se "é você". O meu clichê número oitocentos.

Ai, ardido peito, quem irá entender os seus segredos? Quem irá pousar em teu destino e depois viver do teu amor.