quarta-feira, fevereiro 13, 2008

SIMPLES

É bom. Ainda que você ganhe todas minhas palavras. E as leve sem me contar se gosta. Você me mostra que tudo pode dar certo, mesmo que não esteja e tenha um caminhão de complicações me esperando no portão. Não me importo. Sentir essa leve felicidade e pensar que ai você sorri. E, do resto, nada preocupa. Nunca ninguém falou que ia ser fácil. Sem pensar em nenhum pecado, nem em nada que seja estranho para os outros, é simples para mim: eu gosto e ponto. Gosto, sereno, sem desespero e com o silêncio dividido. É a melhor coisa, poder dividir o silêncio, as piadas, as risadas, os medos e o resto. Pelo tempo que minha paciência me encontrar torcendo o nó dos dedos.

A sis falou que está ficando repetitiva nas falas. Minha incompreensão atingi essas pessoas ao redor. Essas poucas, três pessoas, me protegem do medo me engolir. E me repetem entre sorrisos o que eu sei: o seu tempo, o seu medo, o seu sorriso. Essas coisas que eu aprendi a conviver.

Se por qualquer motivo as palavras se perderem ou eu sair pela porta dos fundos. Alguém fica encarregado de contar tudo. As coisas que eu fiz e as que eu teria feito se tivesse dado tempo. Inventem para o mundo o meu personagem mais perfeito. Conte para quem interessa, que eu mostraria devagar como se faz, que diria com carinho o que não falei.

Mantenha seus olhos em mim quando eu for para longe. Minhas mãos soltarem as suas. Seus olhos perderem os meus. Suas risadas ficarem longe. A sua reação é o que medi minha ação.

Eu vou te mostrar que atrás da minha tristeza, existem coisas realmente engraçadas, já não fujo com meus livros e cds. Fico perto para sentir você. Te apresento meus melhores amigos, os mais inteligentes, os queridos e achados nas ruas que ando. Deixo eles ao seu lado. Que eles te dêem a coragem que me dão. Incríveis presenças. Junto com você, perto de você.


Uma doce garota com um violão.