segunda-feira, fevereiro 25, 2008

SEM O MAR

Chuva, sol, frio. Tudo que eles falam é do amor. Eu sentada, ali com as pernas cruzadas e a saia cumprida. As pernas que trocam passos com o silêncio nessas ruas. Em cada poste ou outdoor dizem o que eu já sei de cor. Aquela imagem da Virginia Woolf no muro perto da Soroko. Você lembra? É, eu também. E aqueles haicais. A vida. Os momentos. Essas paredes que já me virão com outros. Esses passos que já seguiram outros. Essa mentira que nunca foi essa verdade que é só sua, hoje e pelo tempo que durar, porque tudo é serviço pra você. Peguei na sua mão. Então, eu fui a tormenta de risadas que eu sei ser. E a intensidade te fazem brilhar os olhos. A incompreensão e os sentimentos se despertando. Eu te falei, o amor verdadeiro não tem vista para o mar.

Toda vez que te vejo é como a primeira que vez. Ou o dia que eu percebi que você era diferente dessa gente toda. Essas coisas que você esconde entre os seus sorrisos. Era 1932. Os primórdios de uma menina cheia de sonhos. Aquela que tentava endurecer e não suspirar. É 2008. Essa menina já estaria uma senhora, se os anos não passassem em segundos pela cabeça. Todas as canções são amor. Tudo igual, virei no fundo do sentir e me lembrei de você.

Eu olho e você nada. Vou te ajudar. Te colocar perto e deixar tudo o mais perfeito que você imaginou. A perfeição que eu imaginei entre sorrisos, dificuldade, bebidas. Talvez, vinho, a única coisa que não bebo a esmo. Tem história e o corpo despedaçado em lembranças. Eu quero mudar. Eu preciso fazer o vinho ter o mesmo gosto bom da adolescência. Assim como eu preciso e não tenho problemas em mudar. É só o teu olhar para que eu me entregue alegre.

Então, vem fazer parte dessa história.


ps: pedaços soltos de quatro músicas do cd conseguido graças a boas amizades (néam, pree) agora é esperar eles lançarem e escrever mais com nome e itálico nos pedaços. em breve, em breve.