segunda-feira, fevereiro 18, 2008

JIGSAW FALLING INTO PLACE


Certo. Errado. Certo. Errado. Errado. Certo. Certo. Errado. Certo. Certo. Errado. É você mexendo no fundo da minha cabeça enquanto nem sabe que está aqui. E apertando os botões, remoendo meus acertos, rindo de tudo que deixei para arrumar depois. Uma grande confusão dentro de mim. E eu perdida dentro dos seus olhos. Enquanto eles sorriem e você fica em silêncio.

Quando você pega na minha mão no escuro e eu te sinto perto. Tão perto que as mãos já quase não conversam. E o quebra-cabeça se encaixa. Assim que a sua música favorita toca. Eu pego minha bebida. As luzes piscam. O chão fica ainda mais quadriculado. Os outros mais insignificantes. Eu segurando a sua mão no escuro. Eu vou me cansar. Antes disso, o seu sorriso desfoca tudo ao redor e, nada importa tanto assim. Os seus olhos se perdem nos outros rostos que não te olham. Enquanto eu procuro qualquer outra coisa para entorpecer a sua falta e a minha vontade de estar mais perto.

Antes de fugir. O barulho te leva para dentro dele. Antes de você atravessar aquela porta. Eu te conto. Eu falo. Palavras são balas perdidas. E parece que atingi tanta gente antes de passar por você. Está escuro e eu estou confusa. Sem conseguir pensar em como começar. A luz pisca. Eu me perdi em outras mãos. A gente se olha quando cruza. Uma vez. E várias outras. A gente se olha quando cruza. Faça o medo desaparecer. Vou procurar mais copos, falar com mais pessoas e fazer o medo desaparecer.

A noite vai acabar e o quebra-cabeça não se encaixa.



ps: era o texto do zine. mas, tem coisas que só me sinto a vontade em falar aqui.


para você ouvir.