sexta-feira, fevereiro 29, 2008

COMO TODA PAULISTA

O gosto daquela viagem no lugar com prazer de aceitação. Os braços que não era o que esperava. E o jeito diferente do que sonhei. Mas sentir me deu uma segunda chance de tornar daquela a primeira vez. E então, no meio disso, eu percebi quanto gostar faz diferença. Toda a diferença. Um gostar despretensioso e simples. Sereno e assim foi. Só foi.

No lugar as lembranças todas daquela chuva e do meu medo atravessando a cidade. A insegurança gritando e o medo. Tanto medo. Tanto, e hoje ele não faz mais sentido. Eu fui, senti e fui, caminhei e não me arrependi. Dentro dos erros alguns acertos em frases soltas.

Meu sorvete mais colorido do que das crianças que entraram perguntando quantas bolas podiam pegar. Eu me enchendo do gosto da saudades. Cupuaçu, porque eu morro de dor de garganta e me entorpeço dessa droguinha branca.

A minha vida que no fim encaixa. Sempre encaixa. No bem e no mal. Nas incertezas e nas mais duras certezas. No que aparece e o que está sempre aqui.

E do amor fica o se isolar ou se render. A redenção e os seus males e delícias. Com a minha idade me impedindo de me esconder. Medo da adolescência inconsequente e feliz com minha coragem no lugar só dela. E tudo que faz parecer profundo. O róque. A vida. As palavras. Algumas pessoas e você.