quinta-feira, fevereiro 07, 2008

C'mon baby say bang bang

Não sei desatar o nó. Talvez, no fundo, não queira te soltar e me soltar. Eu já vi esse filme. Fez um ano mês passado que eu vi esse filme. Os dias são melhores, eu sinto realmente que é possível dividir liberdade, caminho feliz em ter alguém ao lado nas ruas da consolação. Eu vi esse filme e ele é bom.

Mas, porque existia coragem do outro lado. Relacionamentos unilaterais são desgastantes, chatos e realmente dispensáveis. Só eu sinto. Só eu falo. Só eu ouço música o tempo inteiro para ocupar a cabeça com outras coisas. Música, ler e escrever palavras. Tenho vivido tanto aqui dentro ultimamente, com medo de sair demais e me perder e te perder por consequência. Falam que é só meu o medo. Talvez seja. Eu precisava realmente falar. Mas, são dessas coisas que não se dizem sempre. Não sei como falar e nem como você vai ouvir. Realmente, tem uma dose extra de incompreensão nos meus dias. Meu maior defeito é ponderar demais. É pensar demais. É querer demais.

Mas, eu ainda não sei como. Nem quando. Muito menos se algum dia será o dia. Não só falo pela impossibilidade, isso é simples, o impossível é o possível de amanhã. A loucura não passa do limite para descoberta da sanidade. O medo não passa do excesso de coragem. Só preciso de mãos firmes que me tirem os passos do lugar. Alguém para cortar o olhar dos outros, dos que me olham como se eu estivesse por aí errando o tempo todo. Eu acerto o tempo todo. Do meu jeito, os meus erros são acertos e deles eu vivo e tiro força. Deles eu alimento essa alma que precisa errar e crescer. Deles eu tiro a imaturidade risonha que desfilo nessas noites de alegria. Dentro do possível tanta coisa aconteceu. Dentro dos limites. Ao redor do mesmo. A mesma coisa todo dia, o nome do blog da Lee, e a verdade em uma frase.

E de todos os dias que você me esperou, porque eu me atraso, eu sei. Os dias são curtos e a vida resolve ser grande demais. De todas as risadas, da lágrima contida, do choro silencioso de alegria e outro de tristeza por ver você partir sem conseguir te pedir para ficar. Seria egoísmo. Faria, de um jeito indireto, o que prometi jamais fazer com ninguém: cortar liberdade.

Ando da liberdade ao centro. Nos dois sentidos. Em palavras e passos. Olho as mesmas ruas. As mesmas pessoas. Mas, ninguém consegue ser importante, ninguém é você.